Plasticidade morfofisiológica de ramos plagiotrópicos do cafeeiro à variação do espaçamento na linha de plantio
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n6p3819Palavras-chave:
Adensamento, Área foliar, Coffea arabica, Trocas gasosas, Relação fonte, Dreno.Resumo
A variação do espaçamento dentro da linha de plantio pode interferir na morfologia do cafeeiro, alterando seus componentes de produtividade. Apesar de algumas respostas gerais à variação do espaçamento serem conhecidas, nenhum trabalho anteriormente demonstrou como e quanto a redução do espaçamento na linha altera a relação fonte: dreno de ramos plagiotrópicos, associando-a com os componentes de produtividade e com aspectos ecofisiológicos foliares. Isso considerando as modernas tecnologias e cultivares em uso no Cerrado. O objetivo deste trabalho foi quantificar as respostas morfofisiológicas em ramos plagiotrópicos de cultivares de Coffea arabica L. submetidas a diferentes espaçamentos na linha de plantio. Os cultivares Catuaí Vermelho IAC 144, Catuaí Amarelo IAC 62, Catuaí Amarelo IAC 32 e Tupi RN IAC 1669-13 foram plantados em janeiro de 2010, no espaçamento de 3,80 m entre linhas, adotando-se os espaçamentos de 0,40, 0,50, 0,60, 0,70 e 0,80 m entre plantas na linha. O delineamento foi em blocos casualizados, com quatro repetições. Em abril e dezembro de 2013 e, também, em abril de 2014, foram feitas diversas avaliações morfofisiológicas em ramos produtivos (com carga pendente) posicionados no sentido da linha ou perpendicularmente a esta (portanto, menos ou mais exposto à luz, respectivamente). As trocas gasosas, os parâmetros de fluorescência e os níveis de pigmentos foram pouco ou nada afetados pelas cultivares e espaçamentos. A razão área foliar: fruto, em abril de 2013, aumentou linearmente com a redução do espaçamento, independentemente de cultivares. Em ramos mais expostos os níveis de carotenóides e clorofila a foram superiores, ao passo que a razão área foliar: fruto foi inferior, em comparação a ramos mais internos. O decréscimo do espaçamento entre plantas na linha reduziu linearmente o número de frutos por ramo, em função da redução no número de frutos por roseta e não do número de nós por ramo, e a intensidade dessa resposta variou, sobretudo com a cultivar, mas também com a posição do ramo na planta. As cultivares avaliadas apresentaram alta plasticidade para cultivo em diferentes espaçamentos.Downloads
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